Homenagem da Unesp às vítimas da Covid-19

Celso Chermont


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27/05/1969 - 29/06/2021

Servidor técnico-administrativo
Rádio Unesp

Celso Adriano Chermont, o Celso Chermont da rádio UNESP, teve sua voz calada pra esse mundo. Mas não para nós.

Para nós ele continua presente nas boas lembranças que nos deixou.

Bauruense nato, criado na patota da Vila Independência, sempre teve  muito orgulho de suas raízes. Filho de Celso Rubens e de Genilda, era o mais velho dos 6 irmãos. Amante do futebol, era um Corintiano roxo. Noroestino da gema. Tinha o Indepa FC cravado no coração. Jogava futebol semanalmente com amigos e familiares. Era peladeiro dos bons!

Celso tinha muitas paixões e o microfone com certeza era uma delas.

Radialista e locutor na Unesp FM desde 2001, tinha muito orgulho de ter idealizado e produzido o programa Happy Hour, que consistia em entrevistar músicos de Bauru e de toda região, com o objetivo de torná-los mais conhecidos e dar-lhes a oportunidade de divulgar seu trabalho, agenda e seu som. Além desse programa, também apresentava “Esse tal de rockroll” (mescla clássicos com atuais), “Radio Saudade” (músicas antigas), “Balanço Brasil” (samba e suing aos sábados) e ao vivo, diariamente, o “Balanço Brasil”.

Sua voz era marcante, dinâmica, moderna, alegre e única! Tudo o que se propunha a fazer era antes minuciosamente planejado através de projetos escritos por ele. Era incrível quando víamos aquilo que estava no papel se tornar real. Ele sempre procurou partilhar seus projetos com a família. Sua empolgação era contagiante.

Desde a sua adolescência já era vocalista de bandas, as mais marcantes foram “Hangar 18” (rock nacional) e “Narina” que também fez muito sucesso.

Ainda foi compositor e intérprete de samba-enredo da Mocidade de Vila Falcão. Atualmente era vocalista e fundador da banda Súditos do Rei, que faz versões roqueiras de músicas do Roberto Carlos com arranjos próprios e, também, vocalista da Radiotrio, no qual cantava pop rock dos anos 80 e 90 sem percussão, somente voz, violão e trombone.  Participou da peça teatral musical “Cartola, as rosas falam pra você”, que consistia em um único ato acompanhado de texto que contava fatos da vida de Cartola, no qual Celso e outros cantores bauruenses interpretavam as canções deste mestre da música.

Foram 52 anos intensos. Bem vividos.

Em sua bagagem ainda acumula o lado político, foi assessor parlamentar, participava ativamente de partido político e liderou um programa político na tv FIB. Já arriscou até a candidatura a vereador, em 1992. Nossas primas lembram do jingle de campanha até hoje!

Dentre tantas paixões, havia um amor maior, sem dúvida nenhuma, seu filho, a quem fez questão de dar seu primeiro nome. Celso Enrico Chermont é sua continuação. Compositor e cantor como o pai, segue expressando a saudade através do microfone!

“Saudades do fut, do som, das conversas e das nossas risadas!

Você saiu e eu fiquei com o dom da poesia e dessas paradas...” Celso Enrico Chermont

E nós temos muito orgulho em dizer que Celso Adriano era muito família. Deixa um enorme vazio. Agora sua voz vai ecoar em outro plano.

A saudade é imensa.

A dor imensurável.

Mas Deus é nossa fortaleza.

Pais, irmãos, filho e toda a família.